16 de setembro de 2025

Após rebaixar o médico, aumentar o lucro das empresas em concorrência direcionada e plantar o caos na saúde de Natal, Paulinho Freire já tem um culpado - a oposição

Autor: Daniel Menezes

A prefeitura do Natal ingressou numa mudança da terceirização da mão de obra de Natal totalmente estabanada.

Conforme o Tribunal de Contas e o MP de Contas, a concorrência apresenta sinais de direcionamento. Veja. É a opinião técnica de dois pareceres técnicos.

O contrato saltou de 144 milhões para 208 milhões nos mesmos 12 meses.

Na prática, porém, o valor do plantão líquido repassado ao médico caiu cerca de 25%, mas o custo para a prefeitura aumentou. Razão? Porque a Coopmed cobrava 3,5% de taxa de gestão e as novas terceirizadoras mais de 38%.

Basicamente a explosão no valor contratual foi para as empresas.

A mudança não tem qualquer estudo. A conclusão não é minha, mas também dos entes reguladores.

As empresas contratadas não apresentam corpo clínico e são novas no segmento. Foi alertado que elas não conseguiriam executar o contrato.

Resultado - caos.

Estranhamente, a prefeitura do Natal não cobra a execução do contrato às empresas, enquanto o usuário fica sem atendimento.

Mas Paulinho Freire, em declaração em entrevista recente para a Tv Ponta Negra, já tem o culpado - a oposição.

Ora, não fosse a deputada federal Natália Bonavides (PT) e o vereador Daniel Valença (PT) mobilizarem o TCE e o MP, essa história estaria até agora correndo solta sem qualquer providência, sem qualquer cobrança para a superação da situação. 

Até porque a imprensa simplesmente deixou de publicar o assunto, como se não estivéssemos enfrentando a maior crise do sistema de saúde pública de Natal dos últimos anos.

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