1 de setembro de 2025
Nunca foi contra a corrupção, mas o seletivo antipetismo - o alvo sempre foi apenas Brisa
Autor: Daniel Menezes
Quando se iniciou a abertura da caixa preta das emendas impositivas da câmara municipal do Natal o assunto morreu. Ninguém fala mais.
E os outros vereadores que foram aparecendo pelo mesmo motivo alegado contra Brisa viraram vítimas coitadas e ingênuas da "esquerda", conforme a imprensa bolsonarista. Alguns parlamentares submergiram. Outros, partiram para cima de jornalistas que estavam merecendo a nomenclatura pelo trabalho realizado com a abertura de processos em que suas peças iniciais sequer listam as matérias que buscam derrubar.
Sim, o judiciário local derruba reportagens a partir de pedidos liminares em que as próprias reportagens e material comprobatório não constam anexados às petições numa clara má fé dos impetrantes.
O fato é que as reais intenções ficaram escancaradas. A questão não é o devido uso das emendas impositivas. Até porque elas azeitam uma máquina pós-campanha com muitos beneficiários graudos e não há qualquer interesse em mexer em tal lógica.
As emendas impositivas mereciam ao menos regulamentação em consonância com a constitucional, para que não ocorra o hiato entre o que é dito nas parcas informações sobre sua destinação e o que de fato ocorre com elas. Pelo jeito, se o ministério público não apertar, o tema cairá no esquecimento.
Não era combate à corrupção, mas apenas o velho e sempre presente seletivo antipetismo. Aquele que, parafraseando o antigo barbudo, prega uma moral que não pratica.
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