14 de dezembro de 2025
Moraes autoriza Bolsonaro a fazer exame médico na sede da Polícia Federal
Autor: Daniel Menezes
Do Estadão - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a realizar exames médicos na Superintendência da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal, onde ele está preso.
A autorização atende a um pedido apresentado pela defesa na última quinta-feira, 11, para permitir que o médico Bruno Luís Barbosa Cherulli entre nas dependências da PF com equipamento portátil de ultrassom realizar exames de ultrassonografia das regiões inguinais (virilhas) direita e esquerda.
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro Foto: Wilton Junior/Estadão
Em sua decisão, publicada neste sábado, 13, Moraes ressaltou que, conforme determinado em decisões anteriores, as visitas dos médicos de Bolsonaro não necessitam de prévia comunicação.
Ministro solicitou perícia para decidir se libera cirurgias
Na semana passada, a defesa do ex-presidente pediu que ele deixasse a carceragem da PF e fosse removido para o hospital DF Star, em Brasília, para passar por duas cirurgias: uma para o tratamento do quadro de soluços e outra para tratar complicações de uma hernia inguinal.
Moraes, no entanto, pediu uma perícia médica oficial da PF antes de decidir se autoriza as cirurgias solicitadas pelo ex-presidente. O laudo deve ser apresentado em até 15 dias.
Em seu despacho, o ministro afirmou que, quando foi preso, no dia 22 de novembro, o ex-presidente foi submetido ao exame médico-legal e que a avaliação não apontou “qualquer condição médica que indicasse a necessidade de imediata intervenção cirúrgica”.
“Desde aquele momento, não houve nenhuma notícia de situação médica emergencial ocorrida com Jair Messias Bolsonaro”, diz o despacho. O ministro afirmou ainda que Bolsonaro tem atendimento médico em tempo integral, em regime de plantão, na superintendência da Polícia Federal em Brasília.
“Ressalte-se, ainda, que os exames médicos apresentados pela defesa não são atuais, sendo que o mais recente foi realizado há 3 (três) meses, sem que à época os médicos tenham indicado necessidade de imediata intervenção cirúrgica”, escreveu Moraes.
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