5 de dezembro de 2025

Privatização afunda produção de petróleo no RN, dispara preço dos combustíveis e expõe silêncio do bolsonarismo diante do próprio fracasso

Autor: Daniel Menezes

A produção de petróleo e gás no Rio Grande do Norte despencou para o menor patamar desde 1991, segundo dados oficiais da Agência Nacional do Petróleo. Em outubro de 2025, o Estado produziu apenas 35.309 barris de óleo equivalente por dia — uma queda de 10,7% em relação ao mês anterior e menos de um terço do que produzia no auge da Bacia Potiguar no fim dos anos 1990. O levantamento, divulgado pelo Blog do Barreto e o Potiguar, evidencia que, após o processo de privatização dos campos maduros, a tão prometida eficiência não se materializou: ao contrário, a curva de produção entrou em queda livre.

Paralelamente ao recuo histórico da produção, os consumidores potiguares enfrentam combustíveis entre os mais caros do Nordeste. Desde a privatização da Refinaria Clara Camarão, realizada durante o governo Bolsonaro, a unidade passou a praticar preços significativamente superiores aos da Petrobras — em alguns períodos, até 27% acima. Isso levou o RN a registrar, em 2025, uma das gasolinas mais caras da região, contrariando diretamente o discurso de que a privatização reduziria custos e estimularia a concorrência.

O contraste entre a promessa e o resultado é evidente: menos produção, preços mais altos e impacto negativo sobre toda a cadeia econômica do Estado. E diante desses números, o bolsonarismo — que fez intensa defesa da privatização do petróleo potiguar e da refinaria — mantém silêncio absoluto. A agenda que prometia modernização e redução de preços, hoje, é confrontada pelos dados: a privatização não entregou o que vendeu ao público potiguar.

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