Ériko Jácome pode aprender com Ezequiel Ferreira

Autor: Daniel Menezes

Eriko Jácome tem muito a aprender com Ezequiel Ferreira. Enquanto o presidente da Assembleia Legislativa mantém firme o comando da Casa, não permitindo que o Legislativo vire alvo fácil de pressões externas, Eriko deixa a Câmara Municipal de Natal à deriva. Ezequiel enfrentou momentos delicados — como a normatização do custeio dos gabinetes — dialogando diretamente com o Ministério Público e preservando a autoridade institucional. Jácome, por outro lado, transformou a Câmara em palco de conflitos fabricados, permitindo que agentes de fora ditem o ritmo das decisões, expondo fragilidades e comprometendo a imagem do parlamento natalense.

A diferença de postura ficou ainda mais evidente na questão das emendas impositivas. Eriko já vinha sofrendo desgaste pela forma como conduziu — ou deixou de conduzir — debates sensíveis, e mesmo assim permitiu que Paulinho Freire capitalizasse politicamente a mudança no regramento que deveria ter sido liderada por ele, presidente do Legislativo. O resultado é um parlamento esvaziado de liderança, propenso a ingerências e incapaz de se proteger das crises que ele próprio produz. Em Natal, a sensação é a de que falta comando. E Eriko, se quiser recuperar a relevância do cargo que ocupa, poderia começar observando como Ezequiel mantém o respeito e o protagonismo da instituição que preside.

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