Walter Alves pode não assumir o governo em 2026, mas diálogo com Fátima e Brasília segue aberto; saiba o que é verdade e o que não procede na relação

Autor: Daniel Menezes

O vice-governador do Rio Grande do Norte, Walter Alves (MDB), pode não assumir o comando do Estado quando a governadora Fátima Bezerra (PT) deixar o cargo em 2026 para disputar as eleições. A possibilidade existe, mas — segundo apuração de O Potiguar — não decorre diretamente da situação fiscal delicada do RN, embora esse elemento esteja, sim, no radar das conversas de bastidor.

De acordo com informações obtidas pelo portal, o ponto considerado mais sensível na equação é outro: o governo estadual antecipou a utilização dos recursos do Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF) — cerca de R$ 855 milhões — e, somado a outras receitas de investimentos recém adquiridos, já comprometeu aproximadamente R$ 1,5 bilhão entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026. Caso assuma o governo nesse período, Walter entraria no cargo diante de um quadro complexo na folha de pagamento e praticamente sem margem para investimentos, cenário que tem gerado preocupação dentro do MDB.

Uma fonte emedebista ouvida pelo Potiguar afirmou que, se Walter optar por não assumir, uma alternativa em avaliação seria apoiar a candidatura de Allyson Bezerra (União Brasil) ao governo, levando consigo todo o seu grupo político. A hipótese, no entanto, ainda é tratada com cautela. O plano, até o momento, segue inalterado - assumir o governo e apoiar o PT em 2026. O que Walter quer é garantias concretas na equação manutenção do Estado x Investimentos, me disse uma fonte.

Por ora, não há rompimento entre Walter e Fátima Bezerra. As conversas seguem acontecendo, e o vice-governador também tem mantido diálogo com o governo federal em busca de garantias de repasses que permitam manter a máquina pública funcionando em 2026 com boas perspectivas caso assuma o Executivo estadual. Nos bastidores, o cenário está longe de fechado.

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