20 de novembro de 2025

A covardia do TJRN diante das acusações de Matheus Faustino terá custo e abre um precedente perigoso

Autor: Daniel Menezes

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte parece disposto a pagar um preço alto pela própria omissão. Ao ignorar as acusações explícitas de “venda de sentença” feitas pelo vereador Matheus Faustino, o TJRN se coloca numa posição institucional de leniência diante da própria imagem que tem o dever de resguardar: a de aceitar ser alvo de ataques sem qualquer reação proporcional, firme ou minimamente esclarecedora. E não se trata de proteger a própria honra; trata-se de proteger a autoridade do sistema de Justiça.

O que Faustino tenta fazer com o TJRN é exatamente o que bolsonaristas fizeram com o STF: explorar o silêncio institucional para criar a narrativa de que há algo errado, de que existe um conluio, e de que somente o “acusador” estaria disposto a dizer a verdade. É a tática do desgaste: repetir, insinuar, tensionar — sem qualquer prova e ultrapassando o limite do debate democrático.

Quando o Tribunal não age, não esclarece, não instaura apuração, não responde com a força que a gravidade do fato exige, o discurso extremista ganha terreno. O silêncio vira combustível. O não posicionamento vira permissividade. E o precedente se estabelece: amanhã qualquer político em busca de palco poderá acusar desembargadores, juízes ou servidores de crimes sem que isso resulte em consequência alguma.

 

[0] Comentários | Deixe seu comentário.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.