19 de novembro de 2025
Tribunal de Justiça precisa responder à acusação de “venda de sentença” feita por Matheus Faustino para evitar a desmoralização do Judiciário
Autor: Daniel Menezes
A acusação feita pelo vereador Matheus Faustino, durante entrevista à Rádio 96 no dia 18, não pode passar sem resposta. Ao afirmar publicamente que haveria “venda de sentença” no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, o parlamentar ultrapassou todos os limites do debate político e lançou uma suspeita gravíssima sobre a integridade do Judiciário potiguar. Não se trata de crítica institucional — trata-se de imputação direta de corrupção, feita ao vivo, sem apresentar qualquer indício que a sustente.
Diante de uma acusação dessa magnitude, o Tribunal de Justiça precisa se pronunciar. O silêncio, neste caso, deixa de ser prudência e passa a soar como resignação. Mais do que defender sua imagem, a Corte tem a responsabilidade institucional de proteger a confiança pública no sistema de Justiça. Quando um agente político afirma, sem provas, que decisões judiciais podem ser compradas, ele não atinge apenas magistrados: atinge o próprio princípio do Estado de Direito.
Por isso, é fundamental que o TJRN responda — com firmeza, clareza e transparência — sob pena de permitir que uma declaração irresponsável produza o efeito mais danoso possível: a desmoralização do Judiciário. Em momentos como este, a defesa da instituição é também a defesa da democracia.
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