19 de novembro de 2025

Com a câmara exposta ao ridículo, Natal tem o seu Hugo Motta — e ele se chama Ériko Jácome

Autor: Daniel Menezes

A condução do processo contra a vereadora Brisa Bracchi expôs um vácuo de liderança na Câmara Municipal do Natal. O presidente Ériko Jácome, assim como Hugo Motta na Câmara Federal, revelou-se incapaz de comandar, mediar ou sequer impor algum nível de coordenação institucional. Não compareceu à reunião da Comissão Processante que decidiu pela cassação, não presidiu os trabalhos em nenhum momento decisivo e adotou uma postura de distância que aprofundou a desorganização interna. Em vez de liderar, Ériko deixou o colegiado entregue ao improviso e a disputas paralelas, abrindo espaço para uma condução confusa e juridicamente contestável.

O resultado é uma Casa fragilizada, administrada de fato por forças externas ao próprio Legislativo, repetindo a lógica que marca a atuação de Hugo Motta em Brasília — um presidente formal, mas não real, sem iniciativa, sem direção e sem pulso. Em Natal, como no cenário nacional, o comando existe no papel, mas a liderança não aparece. Ériko Jácome confirma, com sua ausência nos momentos críticos, que a capital potiguar também tem o seu “Hugo Motta”: um presidente fraco, sem atitude e incapaz de garantir ordem, coerência e autoridade ao Poder que deveria representar.

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