15 de novembro de 2025
Governo brasileiro comemora redução de tarifas pelos EUA e mira itens que não entraram na lista
Autor: Daniel Menezes
G1 - O governo brasileiro comemorou a ordem executiva publicada pela Casa Branca nesta sexta-feira (14) que reduziu as tarifas de reciprocidade do café, carne, açaí e algumas frutas tropicais frescas ou congeladas, como o açaí.
📝 Segundo Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (MAPA), a redução vale para a tarifa de 10% aplicada em abril pelo governo Trump a diversos países, incluindo o Brasil, e não ao chamado tarifaço que, a partir de agosto, incluiu uma tarifa adicional de 40% à importação de diversos produtos brasileiros.
O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), classificaram a medida anunciada pelo governo de Donald Trump como uma boa notícia, mas ressaltaram estarem atentos também aos itens que entraram no tarifaço e ainda não foram flexibilizados.
Ao g1, Celso Amorim ressaltou que a medida, no caso do café e da carne, foi medida geral e não só direcionada para o Brasil, mas comemorou o anúncio. Ele destacou que a decisão possui "uma racionalidade própria" relativa à situação da inflação americana, mas viu influência do bom clima entre Lula e Trump.
"É uma boa notícia para os nossos produtores e para os consumidores norte-americanos. Espero que seja seguida de outras que beneficiem nossos produtos manufaturados, como calçados e máquinas", disse.
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Lula e Celso Amorim durante visita do então presidente da Argentina, Alberto Fernández. — Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Em uma rede social, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que a decisão "reforça a força do nosso país no cenário internacional".
Para a GloboNews, o ministro Carlos Fávaro afirmou que se reuniu com sua equipe do ministério da Agricultura para avaliar a nova decisão de Trump.
"Voltamos à boa diplomacia, ao diálogo, à amizade de 200 anos. O diálogo voltou", disse.
Segundo o ministro, o ministério ainda está observando na minúcia o que foi suspenso de fato e estão atentos também para madeira e mel. Caso não tenham sido incluídos ainda, o ministro que vai ficar para outro momento próximo.
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