8 de novembro de 2025

O "erro" da esquerda em relação às instituições do RN e à sociedade potiguar

Autor: Daniel Menezes

Não é segredo para ninguém que o judiciário do RN e setores do Ministério Público estão tomados pelo bolsonarismo. Inclusive, políticos com quem este blogueiro conversa relatam que tomam tal aspecto como algo a ser levado em conta quando a justiça é procurada. Além da convergência de pautas, há o sempre muito forte chamamento de classe. Com isso, o direito acaba ficando segundo plano diante de uma ideologia extremista e caracterizadamente golpista.

E aí há um tema que merece relevo. Em termos estratégicos, após oito anos de governo, a esquerda não buscou obter hegemonia perante as instituições potiguares e muito menos na sociedade.

Bem diferente de governadores anteriores que até hoje cultivam trânsito livre no judiciário e em outros espaços. Em conversa com políticos de outros estados do nordeste, este blogueiro soube que a esquerda varreu ou cooptou a extrema direita e direita ocupando o que a hegemonia do voto permitia, a sociedade, a imprensa. Cabe notar que, no RN, o bolsonarismo tem cerca de 30%, 35% dos votos e controla a mídia potiguar, por exemplo. Isto terá consequências nos processos de sobrevivência da esquerda caso aconteça uma derrota em 2026.

Cabe lembrar que Fátima não ganhou uma durante a pandemia, ainda que tivesse uma determinação do Supremo Tribunal Federal para que medidas mais voltadas para o salvamento fossem seguidas. Ela teve que recorrer a tribunais superiores. 

PS. Esse republicanismo os adversários da esquerda não vão ter caso levem o pleito de 2026. Vide o que aconteceu e já ocorre em Natal.

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