Sargento Gonçalves, é contraditório querer a morte de quem é seu aliado político

Autor: Daniel Menezes

O deputado federal Sgt Gonçalves (PL) reafirmou, contra a crítica do Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania do Rio Grande do Norte (COEDHCI/RN), o que disse em outdoor alojado em Natal - "bandido bom é bandido morto", conforme entrevista à 98fm.

Gonçalves, cabe um conselho - não queira a morte de Jair Bolsonaro. Ele está preso, foi condenado, mas também deve ter direito a cumprir a sua pena sem morte.

O seu principal cabo eleitoral no RN, prezado deputado Gonçalves, também está preso. Acredite que ele é portador de direitos.

Não deseje a morte de quem é, inclusive, seu aliado.

 

Da 98fm - O deputado federal Sargento Gonçalves (PL) criticou a denúncia realizada contra ele pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania do Rio Grande do Norte (COEDHCI/RN), por discurso de ódio, após produzir um outdoor no qual ele apresentou dados de suas ações como parlamentar e uma frase provocativa: “Bandido bom, é bandido”.

Em entrevista ao programa Repórter 98, da 98 FM Natal, ele reforçou seu discurso contra criminosos no Rio Grande do Norte e foi enfático ao afirmar que “Bandido bom, é bandido morto”.

Segundo Gonçalves, seu posicionamento é uma reação aos efeitos das ações criminosas no território potiguar. o deputado citou, como exemplos, casos de violência que tiveram repercussão nos últimos meses, como as mortes de Maria Bruna, de 27 anos, e Cecília Cândido Duarte, uma criança de sete anos. Ambas foram mortas durantes tentativas de assalto na Grande Natal.

“Se for perguntado a um esquerdista, muito provavelmente ele vai dizer bandido lindo, bandido loiro, bandido feliz, bandido legal, né, mas se de fato for um pai de família, por exemplo, se eu for perguntar alguém que às quatro da manhã, lá do bairro que eu moro, né, nosso lado da apresentação, acordou pra ir trabalhar, o sentimento é de Provérbios, que diz que cidade se alegra com a morte de um ímpio. Então, pra mim, pessoalmente, de fato, bandido bom é bandido morto”. 

O parlamentar reforçou que a ideia do informe era brincar com o imaginário do espectador, e criticou a denúncia. Ele defende que suas ações de divulgação não são mais importantes do que os problemas estruturais do Estado.

“Essa semana, foi a pequena Cecília, semana passada foi o filho de um policial que foi assassinado lá em Macaíba por facções criminosas, facções criminosas trocando tiro quase toda noite aí, confrontando, querendo, brigando por território em natais cidades de todo o Estado do Rio Grande do Norte. Mas esse tal Instituto, esse tal de Direitos Humanos, né? Que eu digo Direito dos Manos porque só pensa em proteger bandido, tá preocupado com o outdoor que um parlamentar colocou para prestar contas à Sociedade do Porto Igual do que nós temos investido”, disse.

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