7 de agosto de 2025
Hugo Motta não assumiu acordo para pautar anistia, diz líder do PL
Autor: Daniel Menezes
Do Congresso em Foco - Em discurso à tribuna da Câmara nesta quinta-feira (7), o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), desmentiu boatos de que o acordo com o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) para a desocupação da Mesa Diretora, na noite anterior, incluísse um compromisso de pautar a anistia aos acusados de envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 ou o fim do foro privilegiado.
"O presidente Hugo Mota não foi chantageado por nós. Ele não assumiu compromisso de pauta nenhuma conosco", disse Sóstenes. De acordo com o parlamentar, o compromisso foi com o Colégio de Líderes, e não com a presidência da Casa. "Nós, líderes dos partidos que compomos a maioria desta Casa, vamos pautar, sim, o fim do foro privilegiado e a anistia. Os líderes partidários, não o presidente Hugo Motta", declarou.

A anistia aos réus por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023 foi uma das demandas da oposição para desocupar a Mesa Diretora.Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
A cobrança pela anistia foi um dos termos exigidos pelos deputados de oposição que acantonaram por dois dias no espaço da Mesa Diretora após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além dessa demanda, também cobraram a inclusão em pauta do fim do foro privilegiado para parlamentares e, no Senado, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Na noite de quarta (6), após horas de negociações, Motta retornou à Mesa Diretora em meio ao tumulto no Plenário e se pronunciou de volta na cadeira da presidência, defendendo a retomada do diálogo e alertando que o motim apenas enfraqueceria o parlamento. Logo em seguida, parlamentares da oposição afirmaram em suas redes sociais que a liberação do espaço foi condicionada ao atendimento das demandas.
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