30 de junho de 2025
Boletim aponta alta nos casos de sindrome respiratória grave no RN, com avanço do vírus entre crianças
Autor: Daniel Menezes
O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, alerta que a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) permanece alta em boa parte do Brasil, incluindo o Rio Grande do Norte. No estado, o crescimento das hospitalizações por SRAG entre crianças pequenas tem sido impulsionado principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR). O informe, divulgado na sexta-feira (27) é referente à Semana Epidemiológica 25, período de 15 a 21 de junho.
De acordo com o boletim, o RN está entre os estados da região Nordeste onde a SRAG associada ao VSR continua em crescimento. A situação se repete também em Alagoas, Bahia, Piauí, Paraíba e Sergipe. O InfoGripe destaca que, embora alguns estados já apresentem sinais de estabilização ou início de queda nos casos – como Ceará, Maranhão e Pernambuco –, no Rio Grande do Norte a curva segue em alta, o que exige atenção por parte das autoridades de saúde.
“Ainda assim, é importante ressaltar que a incidência dessas hospitalizações permanece alta na maioria desses estados, o que requer atenção”, afirmou a pesquisadora responsável pelo boletim.
Os dados refletem a circulação intensa de vírus respiratórios no país, em especial o vírus da influenza e o próprio VSR. A estratégia do InfoGripe, vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS), tem como objetivo monitorar os casos de SRAG e oferecer suporte às vigilâncias em saúde na identificação de áreas prioritárias para ações emergenciais.
O cenário nacional, segundo a Fiocruz, mostra que entre os casos de SRAG com resultado laboratorial positivo nas últimas quatro semanas, 45,6% foram causados pelo VSR, 37,5% pela influenza A, 19,2% por rinovírus e 1,6% por Sars-CoV-2 (Covid-19).
No acumulado de 2025, já foram registrados mais de 110 mil casos de SRAG no Brasil. Desses, mais da metade (51,5%) testaram positivo para algum vírus respiratório. O VSR lidera entre os casos confirmados, representando 45,4% das ocorrências, seguido por influenza A (26,3%), rinovírus (22%) e Covid-19 (8,6%).
O boletim reforça a importância da vacinação e das medidas de prevenção, principalmente entre crianças pequenas, grupo mais vulnerável à forma grave dessas infecções.
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