Paulinho não perdoa a Coopmed/RN, coloca sua tropa de choque em campo e tenta varrer a cooperativa de Natal

Autor: Daniel Menezes

Não é segredo para ninguém que atua em campanhas eleitorais que em 2022 e em 2024 o então prefeito Álvaro Dias lançou uma espécie de salve - quem apoiar Carlos Eduardo será encarado como inimigo. O recado foi passado tanto para a classe política local, como também para os principais setores econômicos da cidade. Grupos que sempre ajudaram CE recuaram. Exemplo: o sindicato dos empresários de ônibus de Natal. Só que a Cooperativa Médica do RN não ouviu o aviso e seus líderes, em sua maioria, foram com o ex-prefeito em 2024. É a verdadeira base do entrevero. 

Após assumir a prefeitura, começou o processo de vingança. Afinal, a coopmed tem de servir de exemplo - 2026 e 2028 vêm aí. Primeiro, a prefeitura do Natal inventou a necessidade de fazer uma contratação de urgência de 271 milhões de reais, ainda que tivesse um relacionamento já estabelecido com a cooperativa. Objetivamente, se quisesse, a prefeitura poderia ampliar via coopmed a aquisição de mão de obra para a saúde. Não quis. A coopmed sacou o que viria por aí e judicializou, mas não adiantou.

Com o resultado, a coopmed passou a ter 5 lotes do contrato e outra empresa 4. O nova player do mercado médico é de propriedade de um amigo do prefeito, o que, claro, pode ser só coincidência. Isto é, o que era 100% da coopmed caiu quase a metade. 

Agora, concorrentes ingressaram na justiça, alegando irregularidades na participação da cooperativa no processo de disputa institucional pelo contrato. Até aí tudo bem. É um agente privado tentando judicializar um problema. Mas chamou atenção o fato de que toda a mídia e apoiadores de Paulinho Freire foram para cima, endossando publicamente as acusações de participação inadequada no certame contra a coopmed. As digitais não apontavam apenas para uma questão de uma empresa insatisfeita, mas para uma articulação continuada da política.

No meio, ficou escancarado para os que estão acompanhando atentamente o prefeito mexer num segmento que é um vespeiro em processo de ataque contra a cooperativa médica do RN. Paulinho não perdoou e nem vai deixar barato a desobediência.

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