16 de junho de 2025

Por que Haddad merece nosso apoio

Autor: Daniel Menezes

Um sábio barbudo já disse certa vez que as classes dominantes tentam universalizar uma moral que apenas lhe beneficia. A ideia é institucionalizar uma agenda particular como se ela expressasse os interesses de todos.

Hoje, há um forte conflito distributivo em jogo. Diante da busca pela organização das contas públicas, vem o dilema - em que área deve ocorrer corte de recursos e quem vai pagar a conta?

Os jornais nacionais, nas mãos do mercado financeiro, tentam vender a tese de que o foco deve se centrar no equilíbrio via diminuição dos programas sociais, do benefício de prestação continuada, da desconstitucionalização de recursos destinados à saúde e à educação. Cobrança de impostos é narrada como acinte.

Ora, se tiver de cortar, programas sociais, áreas que melhoram a vida da população devem ser o último foco se o critério for justiça distributiva. Há uma longa fila de benefícios para o andar de cima, que já paga poucos impostos, que devem vir primeiro - desonerações fiscais, ausência de tributação sobre riqueza, sobre renda elevada, dividendos, supersalários, previdência militar, etc.

O ministro Fernando Haddad tenta buscar novas receitas impactando quem hoje paga menos. É uma agenda que deve ser defendida porque ajuda a maioria da sociedade. Caro leitor, quando a oposição e o congresso, espécie hoje de sindicato dos ricos, falam em proibir aumento de tributos, não são os que você paga os que estão em jogo, mas aqueles que seriam endereçados a arca com menos, possibilitando que investimentos sociais sejam mantidos. Por isso, a agenda de Haddad merece nosso apoio. 

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