3 de junho de 2023

Bastidor: Styvenson e o voto para MP dos Ministérios

Autor: Thiago Medeiros

Frei Betto já destacava o poder da picada da mosca azul do poder, quem chega lá nao quer sair. Fato! Meu caro, ninguém quer largar da política, mesmo que antes a criticasse. 

Muitos políticos movidos pelo contexto social motivado principalmente pela Lava-Jato, se elegeram em 2018 com o discurso da criminalização da politica, eles seriam o anti-político, bobinhos... um após o outro foram caindo, a lei de Darwin prevaleceu. Só sobreviveu quem se adaptou aos novos tempo que a própria sociedade impõe. 

Praticamente todos perceberam que não existe política fora da política, e que é lá na política que se faz política. Dito isto, o Senador eleito em 2018 Styvenson Valentin é um dos que parece que além de picado pela mosca azul, acordou e se adptou, para tentar sobreviver. Marcado pelo discurso anti-política agora ele joga o jogo. A derrota em 2022 abriu seus olhos.

Em meados de abril, o jornal AgoraRN revela que o Senador reconheceu que o convite para ir para o União Brasil, teria partido de Davi Alcolumbre, guarde bem esse nome. Pois bem, sabe-se em Brasília que o potiguar se aproximou da cúpula do poder da casa alta. Inclusive fruto dessa aproximação foi sua escolha para 4º secretário da mesa diretora do Senado, ou seja, Rogério não era uma escolha para ele, percebendo o time que venceria Styvenson, como um político pragmático, escolheu o lado vencedor e negociou. Com quem? Alcolumbre e Pacheco.

Na MP dos Ministérios, mais um vez Styvenson faz o cálculo pragmático. Sabendo da vitória iminente de Lula, era hora de mostrar mais uma vez lealdade ao grupo, mesmo se mostrando como oposição, a tribo precisava de gestos, a ideia era votar com o grupo de poder no Senador e não com a situação governista. Sendo um político reconhecido por suas posições contrária a Lula, é ainda mais valioso esse voto para cesta da dupla Pacheco e Alcolumbre.

Esse jogada rende pontos ao Senador Potiguar que entendeu o jogo, e percebe que mesmo perdendo pode-se ganhar, e que vai precisar de prestígio junto a presidência da casa para conseguir alguns "carinhos" políticos. Sabe-se que Alcolumbre também será um forte candidato a presidência no segundo biênino e mais uma vez o mordido pela mosca azul estará posicionado.

Se isso frusta ou não sua base eleitoral não será motivo de análise aqui, me atenho apenas ao pragmatismo político. Outro ponto interessante é ver o comportamento de Rogério Marinho, que foi condenado e vai recorrer durante o mandato, qual será a postura do outro Senador oposicionista? Certamente não terá o mesmo ímpeto, ponto pra Styvenson, que poderá tentar brilhaar.

O caminho para a reeleição em 2026 será difícil para Styvenson.... ao menos a lição que política se faz com política ele aprendeu.

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