7 de maio de 2024

Chuva já deixa 95 mortos e 131 desaparecidos no Rio Grande do Sul, atualiza Eduardo Leite

Autor: Redação

O número de mortos pelas chuvas no Rio Grande do Sul já chega a 95 em todo o estado, de acordo com o governador Eduardo Leite (PSDB-RS), que apresentou um balanço atualizado da tragédia, no início da tarde desta terça-feira (7), em coletiva de imprensa realizada em Porto Alegre. Ainda segundo o governo, há registro de 131 desaparecidos e estima-se que o temporal tenha atingido pelo menos 1,4 milhão de pessoas até agora.

De acordo com o governador, há 401 municípios afetados pelas chuvas, número quatro vezes maior do que na última catástrofe, em setembro de 2023. Ao todo, há 48.799 pessoas em abrigos, 159.036 desalojados, e 372 pessoas feridas socorridas. Leite anunciou, ainda, uma primeira leva de R$ 200 milhões que serão direcionados pelo estado aos municípios que estão em situação de emergência.

Além da ajuda financeira emergencial, Eduardo Leite também falou sobre a questão da segurança pública. Segundo ele, 400 homens da Força Nacional devem chegar nos próximos dias, em 120 viaturas. Além disso, haverá um chamamento emergencial para a contratação de policiais via programa Mais Efetivo. Ainda segundo ele, 100% do efetivo de segurança pública foi convocado — inclusive agentes de férias.

 

“A gente espera receber os 100 primeiros homens amanhã (quarta-feira) e o restante nos próximos dias, totalizando 400 homens e mulheres reforçando a segurança pública. Determinei também o chamamento urgente do programa Mais Efetivo, que permite a contratação temporária de policiais que estão na reserva. Autorizei imediatamente o chamamento de mil policiais para serem empregados na segurança; eles não podem atuar nas ruas, mas podem estar em locais que demandam segurança, como abrigos e outros que têm a necessidade de reforço, liberando efetivos para estarem nas ruas”, disse o governador.

“Acontecem episódios aqui e ali, mas o governo vai colocar força total na segurança. Disponibilizamos todas as horas extras possíveis e chamamos policiais que estavam de férias. Estamos com toda força, pé no acelerador e manteremos a ordem no estado. Vamos prender e dar consequência para todos aqueles que usam um momento dramático como esse para aplicar golpes e cometer crimes se aproveitando da vulnerabilidade”, disse.

Frio de até 5 graus, novos temporais e risco de inundações

Eduardo Leite também apresentou uma previsão meteorológica que mostra que a situação tende a se agravar ainda mais nas próximas horas. Até domingo, o estado deve enfrentar temporais, ventos fortes, novas enchentes, granizo e uma onda de frio, que representa um risco ainda maior para desabrigados.

“Ainda estamos num período difícil”, introduziu o governador. “Já para amanhã, a sala de situação que faz análises meteorológicas aponta uma frente fria que está se deslocando pelo estado e que deve provocar temporais generalizados, em todas as regiões. Atenção para descargas elétricas, granizo e rajadas de vento de até 100km/h. E, à noite, as temperaturas devem despencar. Tem muita gente desabrigada ou até na água ainda e isso é uma preocupação nossa: essas pessoas precisam ser protegidas. Já na noite de amanhã e na quinta-feira, há previsão de temperaturas entre 5 e 11 graus no Centro-Sul e chuva forte no Sul do estado”, disse.

Os especialistas apontam que a frente fria passará por todo o estado elevando o risco de temporais. A condição é mais expressiva ainda na metade Oeste do RS.

“Há projeção entre sexta-feira e domingo de chuvas muito fortes com incidência nos rios que já se elevaram. Estamos monitorando isso, mas já faço desde já um apelo às pessoas: evitem essas localidades de risco. Não é hora ainda de voltar para casa, de estar em lugares atingidos. Há projeção de que as chuvas podem gerar novos dias de fortes inundações, inclusive nas áreas do Vale do Taquari e na Serra Gaúcha, tendo reflexos depois na Região Metropolitana de Porto Alegre”, acrescentou Eduardo Leite. “É um momento de grande dificuldade, mas estamos muito dedicados a restabelecer os serviços e manter o estado funcionando para superarmos esses desafios que temos pela frente”.

Fonte: O Globo

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