9 de abril de 2024

Dirigentes de empresa de ônibus são presos em operação contra o PCC em São Paulo

Autor: Redação

Da CNN - A Operação Fim da Linha, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), contra duas empresas de ônibus que operam linhas do transporte municipal de São Paulo, cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão na capital paulista e em outras cidades da região metropolitana e do interior.

Entre os presos estão o dono da Transwolff (TW) Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como “Pandora”, e Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da empresa.

De acordo com a investigação do MPSP, as empresas Upbus e TW, que transportam diariamente mais de 700 mil passageiros na capital paulista, são ligadas à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e utilizadas para lavar dinheiro obtido com diversos crimes, como tráfico de drogas e roubos.

Ambas as empresas teriam recebido mais de R$ 800 milhões dos cofres públicos somente no ano passado. A TW, com frota de mais de 1.200 veículos, é responsável por operar 90 linhas de transporte no extremo sul de São Paulo. Já a UpBus opera 13 linhas na região da zona leste da capital.

Segundo a promotoria, não há indícios de participação de servidores públicos no esquema.

O Ministério Público de São Paulo tem 29 pessoas como alvo da investigação. A Justiça já determinou o bloqueio de mais de R$ 600 milhões em patrimônio das empresas para garantir o pagamento de multa, a título de dano moral coletivo.

Dois fuzis, uma submetralhadora, duas pistolas e um revólver foram apreendidos, além de relógios e valores em dinheiro vivo.

A operação deflagrada nesta manhã conta com o apoio da Receita Federal, do CADE e da Polícia Militar. Mais de 400 agentes destas estão mobilizados.

CNN fez contato e aguarda um posicionamento da SPTrans, da Prefeitura de São Paulo e das empresas de transporte apontadas pelo MP.

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