26 de março de 2024

Câmara faz sessão solene nesta terça em homenagem a Marielle Franco e Anderson Gomes

Autor: Redação

Homenagem no plenário da Casa acontece no mesmo dia em que parlamentares vão começar a analisar processo para manter ou não prisão de Chiquinho Brazão, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato

 

A Câmara dos Deputados vai fazer uma sessão solene nesta terça-feira (26), a partir das 11h, em homenagem à vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e ao motorista Anderson Gomes.

 

O evento no plenário da Casa busca marcar os seis anos do assassinato e acontece em meio ao avanço das investigações sobre o crime. O pedido da sessão solene foi apresentado pela deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ), integrante do mesmo partido de Marielle. Outros 14 deputados de PSOL e PT também subscreveram o requerimento.

No mesmo dia, a Câmara analisa se autoriza a manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandates do crime e que foi preso no domingo (24).

Homenagem pensada antes do avanço das investigações

Além da homenagem a Marielle e Anderson, a deputada ressaltou que o pedido da sessão solene “se insere numa jornada de luta em defesa dos direitos das mulheres”.

“Em todo o país, agentes políticos são vítimas de ameaças, ofensas, invasões, intimidação, atentados e assassinatos, por exercerem suas funções parlamentares”, argumentou a deputada no pedido. “Marielle era uma dessas vereadoras, que trazia em seu corpo e atuação o povo explorado como prioridade e, por este motivo, tentaram silenciá-la”.

 

O requerimento da sessão solene foi feito antes do avanço das investigações e da prisão de três suspeitos de envolvimento com o crime no final de semana passado.

Suspeitos presos

Foram presos no domingo (24), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), o irmão dele, Domingos Brazão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, e o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa.

Segundo operação da Polícia Federal, a morte de Marielle Franco foi encomendada pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão.

De acordo com as investigações, o delegado Rivaldo Barbosa, então chefe da Polícia Civil do Rio na época do crime, foi identificado como mentor da execução. Ele também é acusado de obstruir as investigações do assassinato.

Todos negam envolvimento com o crime.

Análise da prisão

A sessão solene acontece no mesmo dia em que a Câmara vai começar a analisar se mantém ou não a prisão de Chiquinho Brazão pelo fato de ele ser deputado federal. A previsão é que a primeira etapa da análise comece a partir das 14h, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

Antes da sessão em si, deve haver um encontro dos coordenadores do colegiado para que acertem como será o rito da análise do caso.

O relator do processo na CCJ, Darci de Matos (PSD-SC), afirmou que pretende apresentar o parecer dele até meio-dia desta terça. Mesmo assim, ele já adiantou à CNN que é favorável à manutenção da prisão de Brazão.

Depois da análise pela CCJ, o processo tem de passar pelo plenário da Câmara. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda tem que marcar essa votação. Há quem diga que possa ocorrer também nesta terça. Há ainda quem diga que os deputados podem eventualmente pular a votação na CCJ e fazê-la diretamente no plenário.

No entanto, para isso, é preciso um entendimento entre os líderes partidários e quórum suficiente. A expectativa é que haja uma reunião de líderes com Arthur Lira nesta terça, em que o assunto deve ser discutido.

O PSOL já apresentou um pedido de cassação do mandato de Chiquinho Brazão. Em último caso, se andar no Conselho de Ética, o pedido de cassação também pode ser votado no plenário. Este processo deve levar mais tempo para ser analisado.

CNN entrou em contato com a assessoria de Chiquinho Brazão para um posicionamento, e aguarda retorno.

 

Fonte: CNN Brasil 

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