24 de março de 2024

Quando o senador Rogério Marinho permite algum protagonismo ao bolsonarismo radical em 2024

Autor: Daniel Menezes

Quando não tem nenhuma chance de compor de modo pragmático na cidade com algum grupo político competitivo local. O senador Rogério Marinho tem pautado seu comportamento em lançar postulações com possibilidades de vencer e, quando o PL não conta com essa via, ao menos de indicar o vice na chapa de um terceiro que é forte no município. Na prática, os radicais bolsonaristas do PL foram colocados numa gaveta e a chave foi jogada fora. Eles contam com zero poder de decisão e voz. Cabe contexto.

Ter o vice pode representar uma trava de controle para Rogério Marinho, já que o candidato eleito em 2024 pode ter outros planos para 2026. E não é segredo para ninguém que o sonho de Rogério Marinho é ser governador do RN em 2026. Foi exatamente por isso que Allyson Bezerra, em Mossoró, se recusou a permitir que Marinho escolhesse o seu vice. Como já disse o filósofo Jaques Ranciere, o interesse divide e os dois podem brigar amanhã pela viabilização de uma candidatura ao executivo estadual.

Ora, em Natal, aonde o PL escolherá o vice de Paulinho Freire, os deputados federais General Girão e Sgt Gonçalves ficaram falando sozinhos na perspectiva deles de colocar alguém no pleito da chamada (por eles) "direita raiz". 

Já em Mossoró, aonde o PL parece ter perdido a chance de caminhar com o prefeito em provável reeleição, apenas aí, Rogério Marinho abriu espaço para os radicais do partido, projetando Genivan Vale, ex-vereador e que é da base extremista do bolsonarismo, como pré-candidato a prefeito.

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