5 de março de 2024

Apesar da grande cobertura, o apoio de vereador nunca foi (e nem será) determinante para vencer em Natal

Autor: Daniel Menezes

Há uma grande e legítima cobertura sobre como os vereadores irão se posicionar no pleito municipal em Natal. Mas cabe ponderar: eles não são, nem de longe, determinantes na disputa majoritária.

O vereador empresta capilaridade e apoio nunca é ruim, claro. Só que esta vinculação entre vereador e prefeito, votando de forma unificada, não é comportamento típico do eleitor. Ele separa e a capital do RN está lotada de exemplos. O próprio Carlos Eduardo, que hoje lidera as pesquisas, já se tornou prefeito sem ter o apoio da maioria dos vereadores.

Além do eleitor não estabelecer a vinculação, na prática, em seu comportamento estratégico, o candidato a uma cadeira no legislativo municipal também não secundariza seu principal objetivo, que é obviamente se eleger, em prol de ajudar quem quer que seja. O vereador pode até circular material em conjunto com a imagem do postulante ao executivo de seu grupo político, mas não irá afrontar o seu eleitor caso ele tenha um candidato a prefeito diferente do seu.

Trata-se de inclinação caracterizada entre postulaçoes proporcionais em interação com as competições majoritárias em pleitos municipais, estaduais e federal. O que pode acontecer é justamente o inverso. Sabendo que um determinado candidato tem muito força diante do eleitorado, o vereador em busca de renovação de mandato, na relação face a face, chega até a afirmar que tem boa relação com o prefeitável de quem ele quer o voto, tudo para conquistar mais uma cabeça para a sua reeleição.

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