29 de fevereiro de 2024

Bolsonarismo acuado

Autor: Daniel Menezes

Na guerra cultural que move o bolsonarismo, seus militantes estão acuados e posicionados numa condição em que têm dificuldades para a ação. 

Quando os atos golpistas foram deflagrados em 8/1 de 2023, eles desenvolveram um conjunto de teorias da conspiração para se livrarem do que fora ali perpetrado. A tese mais famosa era de que a invasão aos poderes foi tocada por petistas infiltrados. Agora a água bateu no pescoço e a realidade se impôs.

Ora, o bolsonarismo sempre foi um movimento dado a defesa da violência para a manutenção das suas concepções de ordem - bandido bom é bandido morto, direitos humanos é defesa de criminoso. Diante das prisões daqueles que invadiram o congresso, o STF, o executivo federal e com o ex-presidente Jair Bolsonaro no centro de uma trama golpista, surge o grito de guerra - pedido de perdão, de anistia para os crimes.

O ato do último domingo feito na paulista por bolsonaristas, neste sentido, não foi a expressão de força, mas uma tentativa de sair das cordas. Só que as provas contra Jair Bolsonaro são contundentes e há de tudo - minuto do golpe, vídeos, trocas de mensagens, delações.

O que deve ocorrer? Maior movimento de radicalização da base bolsonarista em busca da negação da realidade.

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