20 de fevereiro de 2024

Aliados de Israel, EUA mudam de posição e vão propor ao Conselho de Segurança da ONU cessar-fogo em Gaza

Autor: Redação

Imagem aérea mostra destruição em Gaza por causa de bombardeios de Israel - Foto: Reprodução

Imagem aérea mostra destruição em Gaza por causa de bombardeios de Israel - Foto: Reprodução

Da 98fm - Pela primeira vez, os Estados Unidos vão propor um texto para uma resolução do Conselho de Segurança da ONU com um pedido de um cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, informou a agência Reuters nesta segunda-feira (19).

A proposta foi divulgada um dia depois que Israel sinalizou que invadiria Rafah, no sul da Faixa de Gaza, no início do Ramadã, se o Hamas não libertar os reféns israelenses em seu poder desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023. O Ramadã, um mês sagrado para os muçulmanos, começa em 10 de março.

O Conselho de Segurança da ONU se reúne às 10h desta terça-feira (12h no horário de Brasília) para debater o conflito entre Israel e Hamas na Palestina. Segundo a Reuters, não está claro se o rascunho será votado. Uma autoridade dos EUA disse à agência, sob condição de anonimato, que não há pressa em submeter o texto a uma votação e que os americanos querem ter tempo para negociar.

O conselho tem 15 membros. Para que uma resolução seja aprovada, é preciso que 9 deles votem a favor e que nenhum dos membros permanentes (EUA, França, Reino Unido, Rússia e China) vete a proposta.

EUA e Israel são considerados aliados históricos. Os EUA chegaram a vetar resoluções que pediam um cessar-fogo na guerra:

  • O primeiro, em outubro do ano passado, um texto redigido pelo representante do Brasil no Conselho de Segurança da ONU.
  • O segundo, em dezembro de 2023, em uma reunião convocada pelo secretário-geral da ONU.

População civil em Rafah

Cerca de 1 milhão de pessoas estão em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Muitas delas já deixaram suas casas em regiões mais ao norte do território, onde a ação militar se concentra.

O rascunho da proposta de resolução dos EUA diz que que “uma grande operação em Rafah iria resultar em mais danos aos civis e mais deslocamentos, que poderiam ser inclusive em países vizinhos”.

O texto afirma ainda que uma operação de Israel em Rafah “teria consequências para a paz e segurança regional (…) e que uma ofensiva grande como essa não deve acontecer nas atuais circunstâncias”.

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