2 de fevereiro de 2024

Aliados, ex-aliados e opositores de Bolsonaro foram monitorados ilegalmente pela Abin, diz TV Band; veja lista

Autor: Redação

Um suposto esquema de espionagem ilegal que teria sido conduzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou ex-aliados e opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada pela Band na noite desta sexta-feira (2).

Entre as autoridades que teriam sido monitoradas de forma ilegal estão ex-ministros do governo Bolsonaro, como Abraham Weintraub, que chefiou a Educação, e o general Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo no início da gestão bolsonarista. Até mesmo um aliado de última hora de Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, consta da lista.

Adversários políticos e autoridades do Judiciário também seriam alvos da ‘Abin Paralela’, como os senadores Renan Calheiros (MDB), Randolfe Rodrigues (sem partido) e Rogério Carvalho (PT) e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto

Veja a lista de autoridades que teriam sido monitoradas:

  • Abraham Weintraub
  • Anderson Torres
  • Flávia Arruda
  • General Carlos Alberto dos Santos Cruz
  • Kim Kataguiri
  • Alexandre Frota
  • Rodrigo Maia
  • Otto Alencar
  • Soraya Thronicke
  • Renan Calheiros
  • Rogério Carvalho
  • Omar Aziz
  • Humberto Costa
  • Randolfe Rodrigues
  • Simone Tebet
  • Alessandro Vieira
  • Roberto Barroso
  • Gilmar Mendes
  • Alexandre de Moraes
  • João Dória
  • Camilo Santana

Operação mirou Carlos Bolsonaro

No início da semana, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal que investiga suposto envolvimento dele no esquema da chamada “Abin Paralela”. Carlos estava na casa da família, na vila de Mambucaba, no litoral do Rio de Janeiro. Com ele e outros investigados, como o ex-assessor da Presidência, Tércio Arnaud, foram apreendidos celulares e notebooks.

Um inquérito instalado pela PF analisa o uso do First Mile, um programa espião comprado pela Abin em 2018 e que teria sido utilizado por integrantes da agência para espionar ilegalmente autoridades, jornalistas e adversários políticos de Jair Bolsonaro (PL), à época presidente da República.

Segundo relatórios preliminares da Polícia Federal, servidores da agência monitoraram milhares de pessoas durante a gestão de Alexandre Ramagem — hoje deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.

O uso da máquina pública para atender interesses pessoais através da Abin paralela teria ocorrido em conluio com o vereador e filho de Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro. Ele é apontado como parte do núcleo político da Abin paralela. Outro alvo recente da PF no âmbito dessa investigação foi o próprio Ramagem, que sofreu busca e apreensão na quinta-feira passada (25).

Na data, surgiram outros detalhes sobre a atuação dessa agência paralela: segundo relatório da PF, a Abin teria sido usada para municiar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o caçula do ex-presidente, Jair Renan Bolsonaro, com informações para tirá-los da mira de investigações.

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