26 de janeiro de 2024

O que se sabe e o que falta saber sobre caso de estudante assassinada em pesquisa de campo em Porto Alegre

Autor: Redação

Sarah Silva Domingues, de 28 anos, estaria fazendo uma atividade para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na Ilha das Flores. Um homem de 53 anos também foi assassinado. Polícia Civil investiga o crime.

 

A Polícia Civil investiga a morte de uma estudante de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), atingida por tiros na noite de terça-feira (23).

Sarah Silva Domingues, de 28 anos, tirava fotos para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na Ilha das Flores, em Porto Alegre, quando foi atingida pelos disparos.

A jovem e um homem, de 53 anos, morreram no local. Ela não era o alvo dos tiros. Sarah foi velada na quinta (25), em Porto Alegre, e será enterrada em Campo Limpo Paulista, em São Paulo.

Segundo o delegado Thiago Lacerda, o caso é tratado como "prioridade" pela Polícia Civil. Detalhes como motivação e identificação de suspeitos não são divulgados, para não atrapalhar a apuração, diz o delegado. Veja o vídeo abaixo.

O governador do estado, Eduardo Leite, disse em uma rede social que determinou ao secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, o máximo empenho e prioridade na elucidação do crime. "Toda solidariedade à família, aos amigos e colegas de Sarah", disse.

Veja abaixo o que já se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso:

 

  1. Como ocorreu o crime?
  2. Quem são as vítimas?
  3. O que a estudante fazia no local?
  4. A estudante tinha algum vínculo com a outra vítima?
  5. Como ficaram sabendo que Sarah estava entre as vítimas?
  6. Onde o corpo da jovem foi velado?
  7. Onde o corpo será enterrado?
  8. Houve manifestação da universidade e amigos?
  9. Quem são os suspeitos?
  10. Há informações sobre motivação do crime?

 

1. Como ocorreu o crime?

O crime ocorreu na Ilha das Flores, próxima à Porto Alegre, na última terça (23).

De acordo com o 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM), Sarah Domingues estava em frente a um mercadinho da região quando foi assassinada.

Moradores relataram que dois homens em uma moto chegaram no local. Eles desceram do veículo e atiraram contra a estudante.

Na sequência, os suspeitos entraram no estabelecimento e balearam Valdir dos Santos Pereira, de 53 anos. Ele e Sarah morreram na hora, informou a BM.

A mulher de Valdir estava nos fundos do local e sobreviveu. Ela disse à BM que o marido não tinha desavenças ou inimizades que pudessem motivar o crime.

2. Quem são as vítimas?

Sarah era estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A jovem estava prestes a concluir a graduação e fazia pesquisa relacionada à Ilha das Flores.

Segundo a UFRGS, a estudante também era militante do movimento estudantil, foi coordenadora do Diretório Central dos Estudantes (DCE), diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE) e integrou o Conselho Universitário da UFRGS.

Conforme a Polícia Civil, Valdir dos Santos Pereira, também vítima da abordagem, possuía antecedentes criminais por porte ilegal de arma e ameaça, também foi assassinado.

Ele era o dono do mercado onde ocorreu o crime e seria o principal alvo dos disparos.

3. O que a estudante fazia no local?

Colegas de Sarah disseram à RBS TV que a ida até a Ilha das Flores fazia parte da pesquisa da universitária. Ela estaria fazendo registros fotográficos da região.

O trabalho seria entregue no próximo mês. Quando concluiria a graduação em Arquitetura e Urbanismo na UFRGS.

4. A estudante tinha algum vínculo com a outra vítima?

Segundo análise policial, as investigações apontam que a estudante não tinha qualquer vinculação com o homem assassinado.

5. Como ficaram sabendo que Sarah estava entre as vítimas?

O namorado de Sarah e amigos sabiam que ela faria uma imersão em campo na Ilha das Flores para realizar registros fotográficos na última terça (23).

"Tinha várias chamadas do namorado dela. Quando atendeu, ele disse que tinham matado a Sarah", contou Everaldo Oliveira, coordenador-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFRGS.

6. Onde o corpo da jovem foi velado?

O corpo da estudante foi velado na quinta-feira (25), na sede da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), local no qual era aluna e que fica na Rua Sarmento Leite, no Centro Histórico de Porto Alegre.

Ato em homenagem a Sarah Domingues no auditório da Faculdade de Arquitetura da UFRGS — Foto: Glaucius Oliveira/RBS TV

Ato em homenagem a Sarah Domingues no auditório da Faculdade de Arquitetura da UFRGS — Foto: Glaucius Oliveira/RBS TV

7. Onde o corpo será enterrado?

Após o velório, o corpo de Sarah será levado a São Paulo, cidade de Campo Limpo Paulista, de onde a estudante é natural, para o enterro, previsto para ocorrer no cemitério municipal. A família dela veio para Porto Alegre na quarta-feira (24) para a liberação, conforme amigos da estudante.

8. Houve manifestação da universidade e amigos?

A UFRGS lamentou a morte da aluna. "A Administração Central da Universidade expressa solidariedade aos familiares, amigos e colegas de Sarah", diz nota publicada no site da instituição.

"Ela não morreu em vão. Ela é vítima da violência nas periferias que vivenciamos todos os dias. E ela lutava e estudava por justiça social, inclusive o trabalho de graduação dela era sobre isso", afirmou Helena Andrade Ew, colega e amiga da estudante.

 

Entidades estudantis manifestaram pesar pela morte. "Toda nossa solidariedade à família, amigos e companheiros de luta de Sarah", publicou o perfil da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) em uma rede social.

9. Quem são os suspeitos?

Os suspeitos não tiveram identidade revelada. Segundo a polícia, são dois indivíduos que chegaram em uma motocicleta, e abriram fogo.

De acordo com o delegado Thiago Lacerda, diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoa da Polícia Civil de Porto Alegre, "até o momento as investigações prosseguem para poder identificar esses executores".

10. Há informações sobre motivação do crime?

A Polícia Civil não divulgou uma possível linha de investigação para o ataque.

 

Fonte: G1 

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