5 de janeiro de 2024

MP junto ao TCU faz representação contrária a vetos de Lula ao Orçamento

Autor: Redação

Documento critica o veto ao dispositivo que previa o pagamento integral, até 30 de junho de 2024, das emendas parlamentares na modalidade fundo a fundo para entes

 

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) fez, nesta quinta-feira (4), uma representação contrária a vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A pedido do Ministério do Planejamento e Orçamento, o presidente vetou o artigo que previa o estabelecimento de um cronograma obrigatório para pagamento de despesas sobre emendas individuais e de bancada estadual.

Segundo documento, assinado pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado, o veto pode ter acontecido por objetivos políticos.

“Não é inoportuno trazer à memória o velho ‘toma lá, dá cá’, arma utilizada por vários governos quando existe necessidade de aprovação de projetos de seu interesse”, declarou o procurador.

“Essa prática, a muito empregada como moeda de troca para a obtenção de apoio junto ao Congresso Nacional, poderia ser minimizada com o estabelecimento do
calendário objeto do veto presidencial”, prosseguiu.

O documento também critica o veto ao dispositivo que previa o pagamento integral, até 30 de junho de 2024, das emendas parlamentares transferidas na modalidade fundo a fundo para entes (saúde e assistência social).

O presidente justificou o veto pelo fato de que a determinação aumentaria a “rigidez na gestão orçamentária e financeira e dificultar a gestão das finanças públicas”.

Para o procurador, é correto o estabelecimento de um calendário para o empenho destas emendas.

“A despeito das alegadas dificuldades na gestão das finanças públicas, se é compulsória a liberação dessas emendas parlamentares, nada mais correto do que o estabelecimento de um calendário para que ocorra o empenho dos respectivos recursos”, concluiu.

CNN entrou em contato com a Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal sobre a representação e aguarda resposta.

 

Fonte: CNN Brasil 

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