2 de outubro de 2023

Como a polícia suspeitou que Odilon era Francisco, procurado por homicídio desde 2006

Autor: Cecília Marinho

Odilon Wagner na verdade era Francisco Wagner, que segundo a polícia, matou o marido da mulher com quem se relacionava e depois fugiu.

Fantástico deste domingo (1°) destacou o caso de um homem que cometeu um homicídio em 2006 e depois fugiu, e, foragido, obteve uma nova identidade. De acordo com a polícia do Rio de JaneiroFrancisco Wagner matou o marido da mulher com quem se relacionava, Ozeas Santos Mendonça, e fugiu. Em outra cidade, ele iniciou uma nova vida: tirou novos documentos, abriu um novo negócio, e até se casou e teve uma filha. E ficou desaparecido até que os investigadores encontraram dados deixados por ele.

Francisco foi dado como morto depois que a polícia descobriu uma certidão de óbito em nome dele datada de 21 de dezembro de 2019, no Ceará. O documento tinha a assinatura de um médico, e a informação de que ele teria sido sepultado em um cemitério de Canindé (CE). Apesar disso, tanto o médico, como o hospital e os dois cemitérios do município negaram terem registros de uma pessoa com esse nome.

Sem conseguir solucionar o caso, a polícia do Rio de Janeiro, que trabalhava apenas localmente, tentou expandir a investigação para outros estados. E descobriu que no ano que fugiu, Francisco obteve uma nova identidade: Odilon Wagner Vlasak Filho. E o fez com uma certidão de nascimento de um certo cartório: o da cidade de Ubajara (CE), exatamente o mesmo onde ele nasceu como Francisco. E com essa certidão, ele tirou RG e vários outros documentos.

O fato ajudou a polícia do Rio, que, através de uma cooperação entre a Polícia Federal e os bancos nacionais de mandados de prisão, encontrou indícios de que Francisco agora era Odilon, vivendo em Foz do Iguaçu (PR). A conclusão veio ao comparar as biometrias de ambos. Odilon já havia registrado passaporte e, inclusive, porte de armas. O que o fez registrar seus dados nos sistemas nacionais.

 

"Com base num acordo de cooperação técnica que foi firmado entre a Polícia Federal e os órgãos de identificação estaduais do estado do Rio de Janeiro, a gente teve a possibilidade de confrontar as biometrias", explicou João Paulo Garrido, delegado da Polícia Federal.

 

 

Johnny Schuanel, papiloscopista da Polícia Federal, explicou como é feita a comparação de impressões digitais.

"Quando a biometria é inserida no sistema, são analisados os pontos característicos. Através da marcação desses pontos, encontrando pelo menos 12 deles, podemos afirmar que se trata de impressões de uma mesma pessoa", revelou.

Fonte: G1

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