31 de dezembro de 2025
Caicó registra 38,8 °C e é a segunda cidade mais quente do Brasil durante onda de calor
Autor: Daniel Menezes
Da 98FM - O município de Caicó, no Seridó do Rio Grande do Norte, registrou temperatura de 38,8 °C no domingo (28) e apareceu como a segunda cidade mais quente do país durante a onda de calor que atinge o Brasil. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Meteorologia, que mantém até as 18h desta terça-feira (30) um alerta de “grande perigo” para o fenômeno.
O aviso abrange áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, com previsão de temperaturas até 5 °C acima da média de dezembro por cinco dias ou mais. A atual onda de calor teve início em 22 de dezembro e se intensificou nos últimos dias do mês.
Segundo o Inmet, o principal diferencial deste episódio é a persistência do calor extremo. Ao contrário de picos isolados, a configuração atmosférica favorece a manutenção de temperaturas elevadas por vários dias consecutivos, inclusive durante a noite e a madrugada, o que dificulta a recuperação do organismo e aumenta o desconforto térmico.
Entre as dez cidades mais quentes do país no domingo (28), quatro estão localizadas no Sudeste, em áreas sob alerta de grande perigo, enquanto as outras seis ficam no sertão do Nordeste, região historicamente marcada por altas temperaturas nesta época do ano. Além de Caicó, aparecem na lista municípios como Três Rios (RJ), Alegre (ES) e Pão de Açúcar (AL).
As maiores temperaturas registradas no domingo foram: Três Rios (RJ), com 39,1 °C; Caicó (RN), com 38,8 °C; Alegre (ES), Coronel Pacheco (MG) e Pão de Açúcar (AL), com 38,5 °C; Cambuci (RJ), com 38,4 °C; Ibimirim (PE), com 38,3 °C; e Ibotirama (BA), Morada Nova (CE) e Salgueiro (PE), com 38,2 °C.
O Inmet também divulgou dados parciais até a tarde de segunda-feira (29), apontando novas máximas: Pão de Açúcar (AL) e Três Rios (RJ) chegaram a 39,2 °C, seguidas por Barra (BA), com 38,9 °C, e Coronel Pacheco (MG), com 38,7 °C.
De acordo com os meteorologistas, a onda de calor é provocada pela atuação de uma massa de ar quente e seco, reforçada pela Alta Subtropical do Atlântico Sul, que funciona como um bloqueio atmosférico. Esse sistema dificulta a chegada de frentes frias e de chuvas mais amplas, mantendo o calor intenso por vários dias. Com menos nebulosidade, o solo recebe mais radiação solar durante o dia e perde menos calor à noite, resultando em tardes escaldantes e madrugadas abafadas.
As autoridades recomendam reforçar a hidratação, evitar exposição prolongada ao sol nos horários mais quentes, buscar locais ventilados e, diante de sintomas mais intensos, procurar atendimento médico ou acionar a Defesa Civil.
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