19 de dezembro de 2025
Mensagens de celulares e depoimentos de assessores levaram PF até Sóstenes e Jordy
Autor: Daniel Menezes
G1 - A operação Galho Fraco, deflagrada nesta sexta-feira (19) e que apura desvio de cota parlamentar, teve como ponto de partida uma operação que aconteceu há exatamente um ano.
No dia 19 de dezembro do ano passado, a Polícia Federal mirou assessores dos deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), na operação batizada de Rent a Car. Hoje os parlamentares foram alvos das buscas.
A PF só chegou aos deputados a partir do material colhido na operação que mirou os assessores. Mensagens de celular, depoimentos e quebras levaram aos indícios contra os chefes.
Na decisão, o ministro Dino detalha a robustez de indícios que justifica a operação.
“O pedido da Polícia Federal, amparado em relatórios de inteligência financeira e nas diversas conversas extraídas de celulares dos investigados, revela a existência de indícios robustos, bem como demonstra a imprescindibilidade das medidas requeridas para continuidade da investigação”, diz o despacho.
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Os deputados Sóstenes Cavalcante (PL) e Carlos Jordy (PL) — Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
O esquema revelado à época envolvia agentes públicos e empresários teriam estabelecido um "acordo ilícito para o desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares". Para isso, teriam usado contratos falsos com locadoras de veículos.
No ano passado, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de buscas contra os próprios parlamentares – a Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou contra.
Agora, com um farto material colhido com os assessores, Dino autorizou a operação contra os deputados.
Carlos Jordy publicou uma nota e um vídeo nas redes sociais alegando ser vítima de perseguição e negando qualquer irregularidade. Sóstenes Cavalcante ainda não se manifestou.
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