18 de dezembro de 2025
Terceirização precária: após erro de medicação, médicos não souberam como agir após falha em UPA de Natal
Autor: Daniel Menezes
Uma jovem de 19 anos sofreu parada cardíaca na UPA Potengi, na Zona Norte de Natal, após receber medicação indevida durante atendimento por sintomas gripais. O fármaco aplicado, indicado apenas para procedimentos como intubação, provocou anestesia abrupta e levou a um quadro gravíssimo, exigindo manobras de reanimação e a transferência imediata da paciente para a UTI de um hospital privado.
O caso não se limita ao erro na administração do medicamento. Segundo apuração deste blog, os médicos de plantão, recém-formados e contratados por meio de terceirização, entraram em pânico após a intercorrência e demonstraram dificuldade para conduzir os primeiros atendimentos, retardando a estabilização da paciente em um momento crítico.
O episódio escancara os efeitos da terceirização precária da saúde pública em Natal, marcada por vínculos frágeis, alta rotatividade e ausência de equipes experientes nas UPAs. Em serviços de urgência, essa lógica de contratação tem produzido falhas graves, expondo pacientes a riscos que poderiam ser evitados com estrutura, formação adequada e equipes estáveis.
[0] Comentários | Deixe seu comentário.