Cenário de eleição indireta para o Governo do RN ganha força

Autor: Daniel Menezes

Crescem nos bastidores da política potiguar as avaliações de que o Rio Grande do Norte pode caminhar para uma eleição indireta para o governo em 2026. A principal razão é a sinalização cada vez mais consistente de que o vice-governador Walter Alves (MDB) não pretende assumir o comando do Estado no próximo ano, caso a governadora Fátima Bezerra deixe o cargo para disputar o Senado. Apesar de ainda não ter fechado questão, Walter tem reiterado essa posição ao seu entorno político, entendimento que se manteve inclusive após seu retorno de Brasília, quando conversou com dirigentes nacionais do MDB e com lideranças do PT.

O cenário se completa com outros movimentos relevantes. Fátima Bezerra, conforme relatado por fontes próximas, mantém firme sua candidatura ao Senado em 2026, o que reforça a possibilidade de vacância simultânea do cargo. Já o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, também não demonstra disposição para assumir o governo, pois pretende disputar o pleito de 2026. Diante desse quadro, a Constituição estadual estabelece que o Tribunal de Justiça terá até 30 dias para convocar uma eleição indireta, que será realizada no âmbito da Assembleia Legislativa, com a escolha do novo governador feita por voto dos deputados estaduais, em sessão específica, para cumprir o mandato até o fim do período governamental.

[0] Comentários | Deixe seu comentário.