Atraso de 3 meses nos salários dos médicos em contratos de terceirização expõe nova crise e relembra irregularidades nos contratos da saúde em Natal

Autor: Daniel Menezes

A Prefeitura do Natal acumula atrasos significativos com médicos terceirizados: metade de setembro, todo o mês de outubro e os salários de novembro seguem pendentes. Profissionais relatam ao O Potiguar situações graves nos serviços, enquanto as empresas terceirizadas atribuem o problema ao atraso nos repasses do município. Além disso, permanece em aberto a dívida com médicos que atuaram via Coopmed — um passivo duplo criado pela própria gestão ao romper um contrato de cerca de R$ 140 milhões anuais e substituí-lo por outro que supera os R$ 200 milhões.

O cenário se agrava diante do escrutínio de órgãos de controle. Como já informado pelo blog, o Ministério Público Federal instaurou investigação policial com base em notícias de fato. O Ministério Público de Contas e o Tribunal de Contas do Estado apontaram que os contratos são lesivos ao erário e que a concorrência apresenta indícios de direcionamento, ampliando a pressão sobre a administração municipal em meio ao colapso financeiro na saúde. Provocado, o judiciário ainda não se manifestou.

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