11 de dezembro de 2025
Após ser indiciado pela PF, Gustavo Gayer nega ter desviado verbas
Autor: Daniel Menezes
CNN Brasil - O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) reagiu à decisão da PF (Polícia Federal) de indicá-lo por desvio de verbas parlamentares. Em vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar rebateu a imputação e disparou acusações contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Conforme informação antecipada pela CNN, Gayer foi indicado pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio. Também foram indiciados o filho do deputado e integrantes do gabinete do parlamentar na Câmara.
Conforme as investigações, os autores teriam atuado na fraude em documentos para criação de OSCIP (Organização de Sociedade Civil de Interesse Público) com objetivo de favorecê-la com verbas parlamentares.
Segundo o parlamentar, assim que assumiu o mandato em 2022 teria sido procurado por um de seus assessores com intuito de achar quem quisesse criar OSCIP para ajudar a fundar outras instituições do mesmo tipo. A justificativa seria a direita não ter tantos OSCIPs quanto a esquerda.
“Aí eles pegaram uma transação minha onde eu estava dando dinheiro para ajudar a contabilidade, para o trem tocar. Que não recebeu emenda, preste bastante atenção, ela não recebeu emenda nem está elegível para receber emenda. Mas o Alexandre de Moraes disse que eu estava fazendo isso porque no futuro eu iria desviar emenda”, afirmou.
No vídeo, Gayer cita ainda questão investigada pela PF sobre seu escritório político supostamente funcionar no mesmo local em que estava registrada a escola de inglês Gayer e Gayer Idiomas.
O parlamentar afirma que, em 2020, entregou o imóvel onde funcionava a escola em razão da pandemia, tornando os serviços on-line. Ele alega ter voltado ao espaço apenas em 2022, onde abriu um escritório político, de onde fazia um podcast e vendia itens em apoio ao então candidato à Presidência, Jair Bolsonaro (PL).
Segundo ele, mesmo após assumir o mandato e o espaço passar a sediar um escritório político pago com verba da Câmara dos Deputados, o contrato social das empresas não foi alterado porque esqueceu.
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