7 de dezembro de 2025

Processo contra Brisa é incapaz de condenar na forma e no conteúdo; uma encenação grosseira para esconder o caos da cidade e blindar o escândalo eleitoral de Paulinho Freire

Autor: Daniel Menezes

A nova investida para tentar cassar a vereadora Brisa Bracchi nasce duplamente viciada e escancara seu caráter de encenação. Em primeiro lugar, porque uma pessoa não pode ser alvo de processos sucessivos sobre o mesmo fato até que seus acusadores consigam, na marra, o desfecho que desejam. Em segundo, porque a tese usada para atacá-la é caduca: eventos privados podem cobrar ingresso — e o próprio Carnatal está aí para provar, cobrando valores elevados enquanto recebe apoio robusto da Prefeitura do Natal e do Governo do RN. No caso do Rolé Vermelho, o evento nem sequer era de Brisa; ela apenas apoiou com cachês que, no fim, nem foram pagos.

A tentativa de transformá-la em alvo serve, portanto, muito mais à narrativa de quem quer fabricar um escândalo inexistente do que ao interesse público. O argumento jurídico é frágil, a motivação política é óbvia e o ritual de repetição de processos revela um uso distorcido dos mecanismos institucionais. Trata-se de usar a máquina legislativa não para fiscalizar, mas para perseguir — e para tentar fazer barulho onde não há irregularidade alguma.

Enquanto isso, a cidade assiste a uma manobra que cumpre dois objetivos: distrair a opinião pública dos problemas reais de Natal e fazer esquecer que o processo contra Paulinho Freire e Álvaro Dias — a ação mais escandalosa das eleições de 2024 — segue andando em ritmo de tartaruga. A encenação contra Brisa, no fim das contas, é apenas mais um capítulo do esforço para inverter prioridades, proteger aliados e transformar a política municipal em teatro de sombras.

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