30 de outubro de 2025

Após minuto de silêncio, deputados aplaudem morte de "bandidos" no RJ

Autor: Daniel Menezes

Congresso em Foco - Nesta quarta-feira (29), o Plenário da Câmara dos Deputados prestou soliedariedade às vítimas da megaoperação ocorrida nos complexos da Penha e do Alemão no Rio de Janeiro (RJ). De acordo com a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, foram 134 mortos, dentre eles, 128 civís e quatro policiais.

O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) solicitou o minuto de silêncio e chamou a atenção de que não havia apenas bandidos entre os falecidos.

 

"Em sinal também de respeito aos inocentes que também foram mortos. Não se enganem, não morreram só bandidos. Morreram inocentes."

 

Otoni De Paula pediu que fosse prestada solidariedade aos policiais e "alguns inocentes" que foram mortos. O parlamentar afirmou conhecer quatro nomes de inocentes mortos na megaoperação.

O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), concedeu o minuto de silêncio em memórias às vítimas do ocorrido, "principalmente os policiais e aqueles inocentes que acabaram perdendo suas vidas", disse Motta.

Horas após o minuto de silêncio, o deputado André Fernandes (PL-CE) solicitou um minuto de aplauso para os civis mortos na operação. De acordo com o parlamentar, a operação "só não foi perfeita" por causa dos homicídios dos "guerreiros policiais".

 

"Como já foi dado um minuto de silêncio aos quatro policiais, gostaria de pedir que essa casa fizesse neste exato momento um minuto de aplauso para os mais de 100 bandidos assassinados no Rio de Janeiro. Então eu peço um minuto de aplauso para que esse número possa chegar a 200, 300, quantos seja necessário."

No momento em que Fernades pediu os aplausos, quem presidia a sessão era o deputado Alberto Fraga (PL-DF).

Entenda

A megaoperação realizada pelas polícias Civil e Militar na zona norte do Rio é considerada a mais letal já ocorrida no Estado. Segundo o governo, a Operação Contenção é uma iniciativa permanente para combater o avanço do Comando Vermelho (CV) no território fluminense.

2.500 agentes das forças de segurança do RJ participaram da ação, com suporte de blindados e helicópteros. 15 policiais ficaram feridos e outros quatro faleceram.

Quem são os policiais mortos

  • Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, (51), conhecido como Máskara, recém-promovido a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita);
  • Rodrigo Velloso Cabrale (34), da 39ª DP (Pavuna), estava há apenas dois meses na corporação;
  • Cleiton Searafim Gonçalves, sargento do Bope;
  • Heber Carvalho da Fonseca (39), sargento do Bope.

De acordo com o governador Cláudio Castro, ainda não é possível precisar o total de vítimas, pois a contagem oficial só é feita após os corpos chegarem ao Instituto Médico-Legal (IML) ou a hospitais públicos.

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