A versão do grupo de Zenaide

Autor: Daniel Menezes

Nos últimos dias, o chefe da casa civil Raimundo Alves falou sobre um afastamento entre o PT de Fátima Bezerra e o PSD de Zenaide. Isto porque, segundo Raimundo, há divergência sobre quem será apoiado na majoritária para 2026. O PT sinaliza ir com Cadu e Zenaide é aliada hoje do prefeito de Mossoró e pré-candidato Allyson Bezerra. Em conversa com pessoas próximas à senadora, o potiguar colheu a versão de seu grupo. 

Assim como Raimundo disse que a porta não está fechada para o diálogo, ouvi o mesmo de pessoas do PSD. Também não escutei nada relacionado a rompimento, mas há o reconhecimento de que existiu um afastamento nos últimos tempos.

A alegação é a de que, repito, conforme fontes consultadas, o PSD tentou fechar acordo com o PT em 2023/2024, falando inclusive a respeito da reeleição de Zenaide. Mas naquele momento o PT preferiu não estabelecer nada, deixando 2026 para 2026.

Nesse interim, um atrito se formou na disputa pela prefeitura de São Gonçalo do Amarante, com o PT de Eraldo rivalizando com o PSD do hoje prefeito Jaime Calado. As feridas, ao que tudo indica, não se fecharam completamente e o PSD já antes do pleito municipal, sem conseguir estabelecer diálogo com o PT, se aproximou do prefeito de Mossoró Allyson Bezerra.

Passado o pleito de 2024, com o PSD fortalecido por várias vitórias municipais, o grupo de Zenaide preferiu não ingressar no governo estadual para ter liberdade de movimentação em 2026, apesar do PT ter oferecido duas secretarias. Não ocorreu rompimento apesar da afinidade pela base comum de Lula, mas nenhum acordo foi firmado.

O que eu ouvi é que a divergência sobre a cabeça de chapa estadual está estabelecida e não deve se desfazer, apesar das portas ainda abertas para o diálogo. A senadora Zenaide segue na base de Lula, sendo inclusive sua vice-líder. 

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