Eduardo Bolsonaro critica negociações sobre "PL da Dosimetria" e faz novas ameaças de sanções

Autor: Daniel Menezes

Congresso em Foco - O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou-se sobre as negociações em torno dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, a possibilidade de transformar a proposta de anistia em um projeto voltado apenas à revisão das penas, o "PL da Dosimetria", representa um arranjo "indecoroso e infame". Em publicação na sexta-feira (19), o parlamentar reiterou que "a anistia ampla, geral e irrestrita não está sob negociação".

O projeto tem como relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que já descartou a possibilidade de uma anistia irrestrita. Na quinta-feira (18), o parlamentar participou de reunião em Brasília com o ex-presidente Michel Temer e o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) para discutir alternativas que reduzam as punições sem confronto direto com o Supremo Tribunal Federal (STF).

Eduardo sugeriu que o deputado poderia enfrentar consequências semelhantes às aplicadas contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes no exterior: "Um conselho de amigo, muito cuidado para você não acabar sendo visto como um colaborador do regime de exceção. Alguém que foi posto pelo Moraes para enterrar a anistia ampla, geral e irrestrita. Pois, assim como está expresso na lei, TODO colaborador de um sancionado por violações de direitos humanos é passível das mesmas sanções", escreveu.

Publicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no X (ex-Twitter).Reprodução/X/Eduardo Bolsonaro

 

O filho do ex-presidente também rebateu especulações de que teria aceitado negociar termos. "Entenda de uma vez por todas: eu não abri mão da minha vida no Brasil e arrisquei tudo para trazer justiça e liberdade para meu povo em troca de algum acordo indecoroso e infame como o que está propondo", afirmou.

Na mesma publicação, o parlamentar mencionou o ex-presidente Michel Temer, alegando que ele teria tentado impor um falso processo de pacificação.

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