15 de setembro de 2025

Após admissão, Valdemar Costa Neto volta atrás e nega planejamento de golpe por Bolsonaro

Autor: Daniel Menezes

Congresso em Foco - O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta segunda-feira (15) que "nunca houve planejamento de golpe" de Estado. A declaração foi feita ao blog da jornalista Andréia Sadi dois dias depois de ele ter dito, em evento, que "houve um planejamento de golpe" e que o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia decidido a questão.

A fala original de Valdemar ocorreu no sábado (13), durante participação no Rocas Festival, evento de luxo do setor equino realizado em Itu, no interior de São Paulo, em painel mediado pelo deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP).

Na ocasião, Valdemar afirmou: "houve um planejamento de golpe, o Supremo decidiu e temos que respeitar". A declaração foi interpretada como um sinal de que a cúpula do partido poderia se afastar de Jair Bolsonaro, condenado pelo STF, e abrir espaço para novas lideranças da direita nas próximas eleições.

O comentário gerou forte reação de aliados do ex-presidente. O deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP), ex-ministro do Meio Ambiente, afirmou: "não foi por falta de aviso". Já Fábio Wajngarten, também ex-ministro e advogado de Bolsonaro, declarou: "não é possível mais ouvirmos e nos calarmos. Chega".

Paulo Figueiredo, aliado de Eduardo Bolsonaro, também criticou a fala em rede social, interpretando-a como uma ruptura entre o PL e a base bolsonarista.

Diante da repercussão negativa, Valdemar voltou atrás. "O que eu quis dizer é que existia uma minuta, todo mundo sabia da minuta, mas nunca se discutiu golpe", afirmou. O dirigente também negou que o PL tenha desistido da pauta de anistia e disse que o partido seguirá "até o fim" na defesa de Jair Bolsonaro.

Valdemar declarou que sua fala havia sido mal interpretada e que foi feita em tom condicional. "Se tivesse, imagine que tivesse, vamos supor que... Foi no campo do imaginário. E está claro: nunca houve planejamento, muito menos tentativa. O próprio ministro do Supremo, Luiz Fux, confirmou isso", disse.

"O que importa deixar claro é que não houve golpe. O presidente Bolsonaro sempre afirmou que não aceitaria nada fora da Constituição. Ele recuou de qualquer ideia nesse sentido e conduziu a transição de forma democrática. Esse é o fato!"

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