18 de agosto de 2025
Após fala de Motta, Rogério volta a defender anistia inclusive para Bolsonaro: “A última anistiou torturadores da ditadura”
Autor: Daniel Menezes
98fm - O líder da oposição no Senado e pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte, Rogério Marinho (PL), voltou a defender que a Câmara deve pautar uma anistia para os envolvidos pelos atos de 8 de janeiro sem restrições. As declarações foram concedidas no sábado (16), em entrevista durante o último seminário do projeto Rota 22 no RN.
Questionado sobre a declaração presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta, o qual afirmou que “não há clima” para uma anistia irrestrita, ele recapitulou o perdão concedido à pessoas que cometeram crimes durante a ditadura militar, defendendo ainda que o processo do Supremo Tribunal Federal julga uma tentativa de golpe de estado que não ocorreu.
“A anistia é um ato de reconciliação. Eu não vejo por que haver gradação, até porque a última anistia que aconteceu no país anistiou torturadores, anistiou pessoas que cometeram crimes, homicídios, sequestros, roubos. Eu acho que o Brasil tem uma tradição de apaziguamento, de reconciliação, de virar a página. Eu particularmente acho que nem sequer houve golpe. É uma narrativa para justificar a retirada da maior liderança de direito do processo político”, declarou.
Para o parlamentar, a ocupação realizada por membros da oposição na Câmara “destravou” a pauta. “O fato do presidente Hugo Motta estar falando já a respeito da possibilidade de que haja uma anistia é um processo de graduação, vamos amadurecer a discussão”, afirmou.