14 de agosto de 2025
Governo do RN anuncia programa para apoiar exportadores e reduzir impacto do tarifaço no estado
Autor: Daniel Menezes
Da 98fm - O Governo do Rio Grande do Norte vai lançar um programa inédito para dar suporte às empresas exportadoras do estado e mitigar os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A informação foi confirmada pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Alan Silveira, em entrevista nesta quarta-feira (13), ao programa Repórter 98, da rádio 98FM 98.
De acordo com Silveira, o projeto, elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), será apresentado nesta quarta-feira (14) ao secretário da Fazenda do RN, Cadu Xavier e a Guilherme Saldanha, secretário de Agricultura e Pesca do Rio Grande do Norte e, em seguida, à governadora Fátima Bezerra (PT). A proposta inclui ações de capacitação, qualificação e certificação de produtos para atender às exigências do mercado internacional.
“É o primeiro programa a nível estadual criado pela Sedec para trabalhar diretamente com as empresas que exportam”, destacou o secretário.
O levantamento da Sedec indica que o Rio Grande do Norte tem potencial para ampliar a presença de seus produtos em até 88 países. A meta é diversificar destinos e reduzir a dependência de mercados específicos, como o norte-americano, que recentemente aumentou tarifas para importações brasileiras.
Além da iniciativa estadual, Silveira citou medidas do governo federal, como o programa “Brasil Soberano”, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pacote prevê ampliação de créditos, ajustes de alíquotas e incentivo às compras governamentais, o que, na avaliação do secretário, ajudará a minimizar parte dos impactos econômicos.
Apesar das ações imediatas, o titular da Sedec reforçou que a solução definitiva para o impasse comercial passa pela negociação diplomática.
“No final, a solução mesmo é a diplomacia, o diálogo. Só assim vamos chegar a um denominador comum que seja favorável para todos e que nenhum estado e o país perca sua produção”, afirmou.
Silveira também ressaltou que o aumento das tarifas impacta diretamente a balança comercial potiguar, já que as transações são cotadas em dólar, moeda mais valorizada que o real, o que pressiona os custos dos exportadores locais.
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