30 de julho de 2025
Chanceler de Lula indicou a secretário de Trump que Brasil vai reagir
Autor: Daniel Menezes
Do g1 - Chanceler do governo Lula, Mauro Vieira indicou ao secretário de Estado americano, Marco Rubio, que o Brasil vai reagir às recentes medidas anunciadas pelo governo Trump contra o país e autoridades brasileiras.
Vieira e Rubio se reuniram nesta quarta-feira (30/7) em Washington, pouco tempo depois de o governo Trump anunciar uma nova sanção contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, por meio da Lei Magnitsky.
Logo após a conversa entre os dois, Trump também assinou a ordem executiva para o tarifaço sobre produtos brasileiros. O decreto do presidente americano, porém, veio com quase 700 exceções.
Na conversa, de acordo com fontes do Itamaraty, o chanceler de Lula reiterou a disposição do Brasil em negociar o comércio, mas deixou claro que o governo brasileiro não negociará a própria soberania.
Mauro Vieira também fez questão de ressaltar a Rubio que o Brasil se reserva o direito de reagir às medidas do governo Trump “como” e “quando” o país considerar conveniente.
Encontro pegou bolsonaristas de surpresa
A reunião do chanceler de Lula com o secretário de Trump pegou bolsonaristas de surpresa. Como noticiou a coluna, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse a aliados ter tomado conhecimento do encontro pela imprensa.
Eduardo e outras lideranças bolsonaristas vinham desdenhando, nas últimas semanas, nas redes sociais, da ausência de contato de integrantes do governo Lula com autoridades da gestão Trump.
O filho 03 de Jair Bolsonaro também vinha prometendo agir para evitar esse contato tanto por parte de ministros de Lula como da comitiva de senadores que desembarcou em Washington nesta semana.
Temendo essa ação de Eduardo, o próprio Itamaraty manteve a reunião de Mauro Vieira com Marco Rubio em sigilo e só confirmou a conversa quando ela já havia acontecido.
Chanceler de Lula adiou volta ao Brasil
Mauro Vieira tinha desembarcado nos Estados Unidos no fim de semana para compromissos na segunda-feira (28/7) e na terça-feira (29/7) em Nova York. Entre eles, uma conferência da ONU sobre Palestina.
Como noticiou a coluna, o chanceler de Lula chegou a avisar autoridades do governo Trump que estava nos Estados Unidos e que estaria disposto a se reunir para conversar sobre o tarifaço.
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