O sonho impossível do bolsonarismo com Styvenson e a possibilidade para o campo lulista

Autor: Daniel Menezes

O bolsonarismo tem atuado achando que pode fazer, junto com Styvenson Valentim, dois senadores. O problema é que Styvenson tem demonstrado muita força apenas no primeiro voto. E mais: o campo bolsonarista no RN é minoritário. Ainda que a eleição local tenha relativa autonomia em relação a nacional, a polarização fará algum impacto. Por fim, Styvenson ainda não absorve a rejeição do discurso antilulista e pró-Rogério, além de sua alteração de perfil.

Já o campo da esquerda pode se beneficiar pela lógica dos dois votos. Tem a base maior de Lula e pode ser empurrado pela polarização nacional. Pesquisa eleitoral em pré-campanha não quer dizer muita coisa - o que vale é a avaliação dos governos para determinar se teremos continuidade ou mudança. E o fato é que Lula já é bem visto no RN e Fátima vem em processo de recuperação.

Se articular as ações, Fátima e Zenaide podem surpreender de forma conjunta. E, claro, Styvenson não pode continuar, andando sem ser desconstruído. Ele carrega um forte passivo político em suas ações. Nem que seja pela boca de terceiros, para que as cabeças de chapa não sofram com a elevação da rejeição.

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