5 de julho de 2025
Marinho critica campanha por taxação de ricos
Autor: Daniel Menezes
Do InfoMoney - O senador Rogério Marinho (PL-RN) criticou a campanha do PT em defesa da taxação de super-ricos, em publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (3). Para o ex-ministro do Desenvolvimento Regional, a iniciativa representa uma “estratégia do ódio” que busca dividir o país entre opostos sociais e raciais.
“Pobres contra ricos, pretos contra brancos, patrões contra trabalhadores. Esse é um filme ruim que estamos assistindo de novo, e já sabemos o final: quem perde é o Brasil”, escreveu Marinho na rede X (ex-Twitter).
A crítica do senador ocorre no mesmo dia em que militantes da Frente Povo Sem Medo ocuparam a sede do banco Itaú BBA, na Avenida Faria Lima, em São Paulo, exigindo a taxação de grandes fortunas. Segundo Marinho, o episódio revela tratamento desigual em relação a manifestações políticas.
“Se apoiadores da direita invadem prédios públicos ou privados, 17 anos de cadeia. Para a esquerda, sem punição. Isonomia é palavra riscada do vocabulário”, afirmou.
Campanha do PT
Desde a semana passada, o Partido dos Trabalhadores vem promovendo nas redes sociais a campanha “Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets”, com peças publicitárias produzidas por inteligência artificial. O objetivo é aumentar o apoio popular à reforma do Imposto de Renda e reforçar a cobrança sobre o topo da pirâmide social.
Em uma das peças mais compartilhadas, o partido compara a divisão da conta em um bar à carga tributária brasileira, sugerindo que os mais pobres pagam proporcionalmente mais impostos do que os ricos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva endossou a campanha ao exibir, durante visita à Bahia, um cartaz com os dizeres “Taxação BBB”. Nas redes sociais, escreveu: “Mais justiça tributária e menos desigualdade. É sobre isso”.
Outra peça veiculada pelo PT mostra trabalhadores curvados sob sacos com a inscrição “imposto”, enquanto figuras de elite seguram volumes simbólicos menores.
Oposição reage
A campanha também provocou reação de adversários. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), classificou a iniciativa como “blá-blá-blá” e acusou o governo Lula de enganar a população sobre a real origem do desequilíbrio fiscal.
A federação formada por União Brasil e Progressistas lançou uma peça com estética semelhante à do PT, em que sacos de “impostos” são empilhados em uma balança enquanto “gastos do governo” são arrastados com dificuldade pelo povo.
Em paralelo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou a retórica petista. Disse que o ajuste fiscal precisa ser feito com foco no “andar de cima” e defendeu maior justiça tributária para sustentar o equilíbrio das contas públicas.
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