Com a extrema direita já com uma Comissão para chamar de sua, agora é a vez da CEI do centrão na câmara municipal do Natal

Autor: Daniel Menezes

O vereador Kleber Fernandes diz já ter as assinaturas para aprovar uma comissão especial de inquérito contra os planos de saúde em sua relação com pacientes autistas. Segundo ele, os planos têm demonstrado descaso para com as famílias. Daí a instauração que depende de 10 assinaturas. Na casa, ele prometeu captar as assinaturas físicas.

Do blog: a extrema direita já tem uma Comissão para viabilizar suas pré-candidaturas. Agora é a vez do centrão na casa. Eles querem ter conteúdo para matérias de jornais e cortes para as redes sociais.

Do blog 2: seria possível fazer corte e produzir conteúdo a partir da efetivação das incumbências fundamentais de um vereador, mas a administração Paulinho Freire fez claramente uma interdição direta. Daí procurar um tema que não terá qualquer impacto para a prefeitura do Natal.

Do blog 3: os vereadores ainda tentam se engajar nas comissões temáticas, que estão funcionando na fiscalização de serviços públicos estaduais e federais, tudo para não incomodar Paulinho.

Do blog 4: e caso alguém ainda queira chamar algum secretário, deve pedir permissão em plenário com votação de todos os vereadores numa clara cassação do direito da minoria.

O líder do prefeito, o vereador Aldo Clemente, disse que a medida visa evitar a ação política da oposição, que chama o secretário para gerar um fato político. Infelizmente, na entrevista em que ele afirmou essa ideia autoritária, ninguém perguntou a ele se ele acha que a maioria foi eleita para governar ou para ditar os rumos do legislativo.

Nas casas legislativas, nenhum governo consegue ter o monopólio de todas as comissões para impedir os inconvenientes políticos. Não é assim em âmbito estadual em que Fátima sofre na comissão de finanças da Assembleia, por exemplo. Nem federal em que a oposição usa, para citar apenas uma, a comissão de relações exteriores para causar embaraço para o governo.

O que Aldo quer só é possível em ditaduras. Se alguém judicializar, com certeza, irá derrubar essa mudança feita no regimento da câmara. Aldo é advogado, o que obviamente não o tornou imune a defender ideias não republicanas.

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