18 de maio de 2025

Solução existe: por que não há interesse em acabar com o cartel de combustíveis em Natal

Autor: Daniel Menezes

Há solução sim sobre como acabar com os preços semelhantes praticados no mercado de combustíveis em Natal. O que não há é interesse.

O segmento tem um sindicato patronal fortíssimo com ampla capacidade de influência. Contra isto, de pouco adianta pesquisa de preço pelo Procon ou iniciativas esparsas vindas do Ministério Público. É preciso quebrar a lógica que permite a equiparação de preço em que todo mundo exercita praticamente o mesmo valor.

Natal já vivenciou esta situação com a entrada das grandes cadeias de supermercados, que jogaram o preço para baixo. A reação veio rapidamente com uma lei municipal aprovada em 2008. Ela foi de autoria de Enildo Alves. 

A Lei Municipal nº 5.897/2008 proibiu a instalação de postos de combustíveis em terrenos de supermercados, hipermercados ou similares na cidade de Natal. Pelo que pesquisei, continua em vigor. 

A alegação era fajuta e na verdade veio com a pressão dos donos de postos locais - a ideia era que postos em supermercados trariam risco à sociedade. Resultado: as grandes cadeias deixaram a possibilidade de lado.

O incentivo ao ingresso de agentes de mercado externos geraria concorrência de fato. O problema é aparecer alguém para liderar esse debate.

CUSTO EXTRA

O RN sofre ainda também com a distribuição de combustível pela refinaria clara camarão. Privatizada, ela passou a praticar preços mais caros do que a petrobras. A promessa bolsonarista de produzir a queda do preço se revelou uma grande furada. E não foi por falta de aviso.

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