12 de maio de 2025
França nega que Macron estivesse com cocaína durante viagem à Ucrânia
Autor: Daniel Menezes
CNN - O gabinete do presidente Emmanuel Macron acusou os inimigos da França de espalhar notícias falsas, sugerindo que ele e outros líderes europeus haviam consumido drogas em um trem durante uma visita a Kiev.
Imagens de vídeo publicadas online mostraram Macron sentado a uma mesa em um compartimento de trem com o chanceler alemão Friedrich Merz e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer.
Na filmagem, o líder francês remove um objeto branco amassado da mesa.
Alguns usuários de redes sociais sugeriram — sem fornecer provas — que o objeto era uma bolsa de “cocaína”, e a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, republicou a filmagem.
Tanto Paris quanto Berlim rejeitaram a alegação.
O gabinete de Macron no Palácio do Eliseu afirmou que o objeto branco era um lenço de papel.
“Quando a unidade europeia se torna inconveniente, a desinformação chega a fazer um simples lenço de papel parecer droga”, escreveu a sede do governo em uma publicação no X, acima da foto de um lenço de papel sobre a mesa com a legenda: “Isto é um lenço de papel. Para assoar o nariz.”
“Essas notícias falsas estão sendo disseminadas pelos inimigos da França, tanto no exterior quanto em casa. Devemos permanecer vigilantes contra a manipulação”, continuou, sem identificar os inimigos.
“Rejeitamos essa alegação absurda”, declarou um porta-voz do governo alemão quando questionado sobre o assunto pela Reuters.
“Na verdade, é apenas um lenço de papel”, escreveu o partido conservador de Merz, a CDU, no X. “Muitos lados estão atualmente tentando influenciar a opinião pública por meio de campanhas de desinformação. Os inimigos da nossa democracia estão tentando especificamente enfraquecer a unidade europeia e a coesão social.”
Macron, Merz, Starmer e o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, encontraram-se com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no sábado (10), em uma demonstração de solidariedade a Kiev, mais de três anos após o início da guerra da Rússia na Ucrânia.
Zakharova escreveu no Telegram: “Como na piada, um francês, um inglês e um alemão embarcaram no trem e… ficaram chapados. Aparentemente, tanto que se esqueceram de tirar os acessórios (uma bolsa e uma colher) antes da chegada dos jornalistas.”
A França começou a adotar uma abordagem mais enérgica para combater rumores online.
A agência de vigilância de desinformação estrangeira Viginum incumbiu-a de monitorar contas de mídia social vinculadas à Rússia e descobrir operações de influência.
Autoridades francesas também expressaram preocupação com contas de mídia vinculadas à direita alternativa americana.
“Nosso debate público é bombardeado com propaganda russa, transmitida pela extrema-direita americana”, afirmou o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noel Barrot, ao programa X na semana passada.
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