6 de maio de 2025
Sesap apresenta investimentos na regulação do estado desde 2019
Autor: Daniel Menezes
"Quando entramos na gestão, em 2019, a regulação acontecia em livros, com inúmeras folhas, que até hoje seguem guardados". A declaração da coordenadora de regulação da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Letícia Duarte, dá dimensão do tamanho da evolução da área no Rio Grande do Norte, que hoje conta com um ecossistema digital, com sistemas que garantem transparência e equidade desde a regulação de leitos até a de cirurgias eletivas, passando pelas áreas ambulatorial, atendimento especializado e urgência e emergência.
A Sesap apresentou detalhadamente esses avanços na audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, a pedido da comissão de saúde da casa. "Existe um esforço enorme para organizar e garantir o acesso da população aos serviços de saúde, desde a porta de urgência até o exame de alta complexidade. Nossa central de portas hospitalares hoje recebe mais chamados que o SAMU, para se ter uma ideia", destacou a secretária-adjunta da Sesap, Leidiane Queiroz.
Os sistemas como o Regula RN, que nasceu na pandemia e atua diretamente na gestão de leitos de UTI e de enfermaria, e o Regula Cirurgia, responsável por organizar as filas para procedimentos eletivos, foram reconhecidos pelos deputados. "Antes falava que a regulação é um mal necessário, mas hoje vejo que é um bem indispensável. Sem regulação não se teria evoluído nada na saúde potiguar", pontuou o deputado Bernardo Amorim. "A regulação é indiscutivelmente necessária. Saímos de regulação por livro seis anos atrás, para os sistemas de hoje. E é importante destacar que a regulação só regula para leitos que existe. Como saímos de nove para mais de 100 UTIs no Oeste, isso faz toda a diferença. É bonito ver o SUS funcionando", completou a deputada Isolda Dantas.
Parceiros de parte da regulação na outra ponta, gestores hospitalares também destacaram a importância dos sistemas informatizados, transparentes e auditáveis. "Inicialmente fui contra o meu hospital ser 100% regulado. Com o passar do tempo, agradeci que estava errado naquele momento. A regulação não é perfeita, mas é extremamente necessária", relatou André Prudente, diretor-geral do Hospital Giselda Trigueiro.
A audiência contou ainda com a presença dos deputados Cristiane Dantas, que preside a comissão de saúde, Terezinha Maia, Galeno Torquato, Kerginaldo Jácome, Ubaldo Fernandes, Francisco Medeiros, Neilton Diógenes e Divaneide Basílio, a promotora de justiça e coordenadora Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde Rosane Moreno, representantes dos municípios de São José de Mipibu, Goianinha e Pau dos Ferros, gestores de hospitais da rede Sesap e representantes da Defensoria Pública do Estado e da União e da Comissão de Saúde da OAB.
[0] Comentários | Deixe seu comentário.